TEA - RECURSOS E ESTRATÉGIAS DE BAIXA TECNOLOGIA
FAZENDO A HISTÓRIA
*Atividades para crianças
com autismo. Explorando animais, meios
de transporte, efeitos sonoros e onomatopeias.
*Metas principais: Acompanhar
e compreender uma sequência narrativa.
Contar uma história para a
criança utilizando a sequência narrativa de um livro caseiro personalizado.
Utilizar sua expressividade facial, corporal e de voz em breves encenações para
ajudar a criança a manter-se atenta e motivada durante toda a história.
Oferecer opções de cartões para que a criança complete a história.
Escolher o cartão que
completará cada trecho da história do livro.
Confeccione um livro
personalizado utilizando papel de tamanho A3 e deixe espaços em branco no texto
para que cartões possam ser encaixados de forma a completar a história.
Confeccione de 2 a 4 cartões diferentes como opções para cada espaço em branco.
Os cartões podem conter apenas fotos/desenhos, conter fotos/desenhos e
palavras, ou apenas palavras, dependendo do estágio de desenvolvimento das
habilidades cognitivas de sua criança. Plastifique tanto o livro como os
cartões e cole uma fita de Velcro no verso dos cartões e nos trechos em branco
do livro para que os cartões possam ser encaixados desta forma.
*Era uma vez um…
Gato
Sapo
*Que morava em uma casa…
Vermelha
Amarela
*Um dia, ele foi passear
de…
Carro
Trem
*E ele chegou na….
Escola
Praia
*Ali, ele encontrou seu
amigo…
Pato
Leão
*E eles comeram juntos uma
deliciosa e gigante…
Banana
Laranja
Melancia
Estrutura
da atividade:
Quando você começar a
contar a história, mantenha todos os cartões em uma prateleira e mostre à sua
criança apenas os 2 a 4 cartões referentes à primeira página. Seja o modelo
para sua criança, escolha um dos cartões e coloque você mesmo o cartão no
espaço com velcro do livro, sem pedir nada à criança. Guarde na prateleira os
cartões daquela página que não foram utilizados. Continue a história utilizando
sua expressividade e animação, encenando, oferecendo efeitos sonoros relativos
aos meios de transporte e onomatopeias para cada um dos animais. A cada espaço
em branco, mostre os novos cartões e estimule a criança (caso ela esteja
altamente motivada) a ajudá-lo a escolher um cartão e encaixá-lo no livro.
Lembre-se que o momento em que solicitamos algo da criança também faz parte da
diversão. Traga leveza e animação para este momento demonstrando sua empolgação
em escolher os cartões e montar a história. A criança não precisa escolher e
colocar os cartões no livro. Se ela conseguir manter-se atenta e acompanhar
toda a história, isso já é fantástico para uma criança que ainda não adquiriu a
habilidade de seguir sequências narrativas orais ou escritas. E se ela
participar escolhendo e colocando os cartões no livro, lembre-se de celebrar
muito suas participações!
Se a sua criança gosta de
música, você pode fazer uma história cantada. Com uma melodia conhecida, você
pode confeccionar o livro escrevendo a letra original ou uma letra modificada
para montar a sua história e também deixar espaços em branco para a criança
completar com os cartões.
Observações: Algumas
crianças podem se beneficiar de uma história com menos espaços em branco para
completar – ou até nenhum – caso os espaços em branco e os cartões a distraiam
dificultando a compreensão da história narrada. Se este for o caso de sua
criança, invista em livros personalizados confeccionados por você com os
interesses da criança, com texto simplificado e ilustrações atraentes, para que
você possa simplesmente contar a história com animação e expressividade.
SEU PRÓPRIO JOGO DE
TABULEIRO
Atividades para crianças
com autismo. Conquista de objetivos, demonstrar seu conhecimento em seu assunto
favorito.
*Metas principais:
Flexibilidade – ajudar a
criança, o adolescente a participar de um jogo com diversas etapas e um
conjunto de regras.
Desenvolver período de
atenção compartilhada de 20 minutos ou mais.
*Preparação da atividade:
Desenhe em uma cartolina o
caminho do jogo todo dividido em casinhas nas quais os jogadores moverão suas
peças. Inclua um início e um fim. Pinte as casinhas com 3 cores diferentes
alternadas. Plastifique o tabuleiro para que ele fique mais resistente e para
que possa ser reutilizado em outras sessões com outras temáticas. Cole figuras
em alguns pontos do caminho para representar a aventura a qual escolher.
Confeccione até 30 cartões
divididos em 3 categorias representadas pelas mesmas cores do tabuleiro. Se
você pintar as casas do tabuleiro de vermelho, azul e amarelo, pinte o verso
dos cartões nessas mesmas cores, 10 de cada. Escreva nos cartões as tarefas
para os jogadores que você acha que serão motivadoras para a criança,
adolescente e que podem incentivá-lo a desenvolver habilidades sociais como o
contato visual, a conversação, a flexibilidade, o período de atenção
compartilhada, e outras habilidades que façam parte das metas educacionais do
programa de desenvolvimento desta pessoa.
Sugestões para as
categorias de cartões: uma pilha de cartões pode conter tarefas que trabalhem
os desafios de comunicação verbal, a outra propõe tarefas físicas (incluindo
habilidades de motricidade fina e ampla), a última pode trabalhar habilidades
cognitivas como a identificação de formas geométricas, leitura e matemática. Se
a sua criança gosta de informações factuais de história e geografia, por
exemplo, adicione perguntas sobre estas áreas de interesse. Se ela é fascinada
por dinossauros ou pelos filmes ou desenhos animados, inclua uma categoria de
cartões que fazem perguntas sobre estes temas.
Exemplos de tarefas:
imitar um gorila; andar fingindo que está com o pé doendo; inventar uma
sentença utilizando uma determinada palavra; contar algo que aconteceu na
última viagem; fazer uma pergunta pessoal para o outro jogador e ouvir a
resposta (Ex: “qual é a sua comida preferida? ”); quanto é 4 + 3; etc.
Traga para o quarto peças
que vocês moverão pelo tabuleiro (se você tiver bonequinhos das próprias
crianças, melhor ainda) e um dado tradicional ou um dado gigante confeccionado
por você.
Explique as regras do jogo
e esteja aberto para negociar com sua criança novas regras sugeridas por ela.
Cada participante tem a
sua vez para jogar o dado, andar o número de casinhas sorteado, retirar um
cartão da pilha correspondente à cor da casinha, e cumprir a sua tarefa. Você
pode ajudar sua criança a cumprir as tarefas, e pedir que ela lhe ajude também
nas suas.
Para trazer ainda mais
diversão e leveza, faça uma cara engraçada ou levante-se da cadeira/chão para
fazer a sua “dança da sorte” antes de jogar o dado, faça uma festa animada para
qualquer que seja o resultado do dado, fale com a voz de algum personagem
interessante, levante-se e encene com a criança o que está acontecendo com os
personagens do jogo, comemore todas as vezes que vocês cumprirem as tarefas,
celebre as participações da criança na atividade.
Dê ênfase à diversão.
Quando o primeiro jogador chegar ao final do tabuleiro, isso será motivo de
celebração. O segundo jogador continuará jogando até que ele também chegue ao
final. E será celebrado também. Retire a ênfase da competição e do ganhar ou
perder. O importante não será chegar primeiro, e sim jogar junto, divertir-se e
esforçar-se para chegar ao final.
Variações: Para estimular
a natureza cooperativa ao invés de competitiva do jogo, estabeleça desde o início
que os dois jogadores trabalharão em parceria (em uma aliança de
super-heróis!).
RECURSOS
DE BAIXA TECNOLOGIA:
PRANCHAS DE COMUNICAÇÃO
As pranchas de comunicação podem ser
construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases
ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades
cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Essas pranchas podem estar
soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou
ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua
condição motora.
REFERÊNCIAS:
http://www.inspiradospeloautismo.com.br/a-abordagem/atividades-interativas-para-pessoas-com-autismo/